SINJUR

Palavras de despedida do servidor do Judiciário Wilson Von Heimburg

01/08/2016 01/08/2016 11:16 1 visualizações
    Bom dia a todos.   Hoje já agradeci ao Pai Celeste, que me concedeu mais este dia.   Dia este muito especial em minha vida... porque está acontecendo uma grande mudança. Foram 35 anos de Tribunal de Justiça. Ingressei em 1º de junho de 1981, com apenas 22 anos de idade, quando Rondônia ainda era Território Federal, vindo a transformação em Estado em 04 de janeiro de 1982. Acompanhei passo a passo a instalação do Poder Judiciário, composição de seus membros, dentre eles o saudoso e 1º Presidente Fouad Darwich Zacharias. Lembro que lavrei Termo de Posse dos primeiros servidores manuscrito em Livro próprio. De lá para cá muitas mudanças... muitos desafios foram superados.   De cabelos brancos, saio agora muito feliz por fazer parte desta história...muitos colegas chegaram, outros saíram e alguns não conseguiram. É gratificante... um sentimento que não tem palavras para expressar.   Por outro lado, fico triste. Triste porque muitos direitos ficaram para trás, embora reconhecidos, o Tribunal deixou de atender, fazendo com que cada um fosse bater à sua porta, acionando a máquina judiciária, através de advogado, se assim quisesse, sob pena de prescrição. Não tomou nenhuma iniciativa para saldar seus compromissos com esses servidores. Pelo menos assegurasse que um dia, em momento oportuno, ou que dissesse, “aguardar disponibilidade financeira”, termo comumente usado nas Portarias baixadas concedendo indenizações de férias e licenças aos seus membros. Com certeza essa atitude confortaria esses servidores que desde o início, vestiam a camisa e batiam forte no peito, demonstrando o orgulho de fazer parte do Judiciário do recém criado Estado de Rondônia. Digo batiam, porque já a algum tempo não se observa mais isso. E sobre a transposição, fica a pergunta: será que existe no Estado de Rondônia outros servidores com mais direito que o meu?   Finalizo, agradecendo a todos e a todas que durante esses 35 anos, com quem convivi, seja na Comarca de Vilhena, onde iniciei minha trajetória, depois Porto Velho, onde fui concluir a graduação, Ji-Paraná, e por último Ouro Preto, colegas que tiveram paciência... os que tiveram sabedoria, em compartilhar conhecimentos e aprendizados... e para aqueles que de alguma forma desagradei... peço que me perdoem.   O meu muito obrigado.