Os trabalhadores unidos contra a reforma da previdência nesta sexta-feira, 22, em Porto Velho. O ato público em desagravo à proposta do Governo Federal em modificar as regras para aposentadorias em todo o país atinge em cheio a classe trabalhadora, com a retirada de direitos e restrições aos que menos recebem, em detrimento de uma pequena parcela que mantém privilégios e altos salários. O ato é fruto da união do Sinjur com diversas entidades representativas dos servidores público de Rondônia, como Sintero, Sindsef, Sindsaúde, Sindler, Singeperon, Sindest, Sinsempro, Sindafisco, Sinsepol e Sindeprof, além de outras centrais e associação. Numa reunião na sede do Sinjur, na semana passada, fora acertados os pontos do evento, que será realizado no auditório da sede administrativa do Sintero, rua Major Amarante, atrás do colégio Carmela Dutra, em Porto Velho, com início marcado para as 9h. Segundo a presidente do Sinjur, Gislaine Caldeira, o objetivo do ato é marcar a posição contrária à reforma, informando os pontos que levam o trabalhador a ser a maior vítima dessa mudança pretendida pelo governo federal. Além de pontos como o aumento da idade mínima para homens e mulheres, a redução drástica dos vencimentos daqueles que se aposentarem, entre outros pontos que atacam, principalmente, aqueles que recebem menos e não tem posses ou perspectivas de amparo social na velhice. A dirigente sindical lembra que as mulheres têm jornada dupla e até tripla e a mudança desprestigia a família, na medida em que será um desestímulo à maternidade para as mulheres, que já ganham cerca de 30% menos que homens no mercado de trabalho brasileiro. A proposta do governo eleva a idade mínima das mulheres para 62 anos, o que pode levar a mais de 40 anos de trabalho e contribuição para se alcançar a aposentadoria. “Isso sem falar nas reduções das pensões e aposentadorias, que transformarão a passagem para inatividade na quase extinção dos salários e benefícios conquistados ao longo de uma vida inteira de trabalho dedicada à nação e ao Estado de Rondônia”, afirma Gislaine. Todos aqueles que tiverem disponibilidade e possibilidade, seja dessas categorias representadas pelos sindicatos que organizam o ato ou mesmo todos aqueles que indignem com a proposta apresentada, estão convidados a participar.