Na última quarta-feira, 08, os deputados estaduais deram uma verdadeira demonstração de que não têm mesmo compromisso com os votos que receberam nas urnas, dos servidores públicos de Rondônia.
A prova disso foi à provação no Plenário da Casa de Leis, da PLC/020, da Reforma da Previdência Estadual, com 18 votos favoráveis e 01 contrário.
Ao final, restou patente, a falta de palavra do presidente Alex Redano e o compromisso firmado por outros parlamentes com os Sindicatos Unidos, de abrirem diálogo, aceitar sugestões, e só votar a matéria após exaustivas discussões para não prejudicar a classe trabalhadora do Estado. Na verdade, tudo foi feito o contrário do acordado e, o pior, nas sombras.
Senão vejamos: Para burlar a vigilância dos sindicatos, o presidente da Casa de Leis colocou em pauta três propostas de Emenda à Constituição, que tratavam sobre a Reforma da Previdência Estadual.
Na sequência, Redano aceitou pedido de vista em duas delas e os parlamentares aprovaram de forma sorrateira a que prejudica os servidores, enganando, na “cara dura”, não só os Sindicatos Unidos, como também, deram rasteira nos deputados Anderson Pereira e Lazinho da Fetagro, os únicos que tiveram hombridade e a coragem de ficar ao lado dos interesses dos servidores, que agora, estão indefesos e terão que carregar nas costas, pelo resto da vida, o fardo de pagar a conta de uma farra no Iperon, que, sequer, tiveram conhecimento de como foi arquitetada.
COMO SE DEU A TRAÍÇÃO:
Na verdade, o grande circo foi montado, quando os deputados deliberadamente, com intuito de cansar os sindicatos e servidores que estavam na plateia, ficaram um longo período ausente do plenário e quando retornaram, para sua surpresa, os servidores ainda estavam a postos, solicitando a imediata rejeição da Reforma...
MANOBRA DESONESTA:
Outro fato que chamou a atenção, foi que as PEC’s chegaram à Assembleia, enviadas pelo Poder Executivo, na quarta-feira (08/09) e, em tempo recorde, ou seja, no mesmo dia, foram a plenário, e a que atingia os servidores foi aprovada, excluindo assim, qualquer chance de debate sobre os pontos que flagrantemente prejudicavam a classe trabalhadora.
Não se sabe ao certo, que propostas foram impostas, uma vez que os Sindicatos Unidos não puderam ter acesso nem aos textos de forma integral.
O mais estranho é que os parlamentares não tiveram nem vergonha de suas atitudes com aqueles que fazem a máquina pública funcionar e lhes confiaram o voto de confiança para que hoje ocupem seus mandatos.
Na cara de pau, deram uma verdadeira bofetada na face do servidor, pois havia um compromisso público firmado de que só aprovariam a Reforma da Previdência depois de exaustivos diálogos e participação dos Sindicatos Unidos, que apresentariam apontamentos e formariam um grupo de trabalho para proteger os trabalhadores, cujos direitos poderiam ser aviltados.
Por outro lado, informações oficiosas dão conta de que um dos textos aprovados contempla regras especiais aos policiais militares e incluiu juízes e promotores, considerados profissionais do "alto escalão" para terem os mesmos privilégios, sob o fraco argumento de que estes desempenham suas funções em condições de risco e análogas.
A Presidente do SINJUR, Gislaine Caldeira, lamenta esse flagrante desrespeito com os servidores, tanto de parte do Poder Executivo, que encaminhou a PLC/020, às pressas e na calada da noite, quanto da conduta “tacanha” adotada pelo Poder Legislativo que se prestou ao papel ridículo de iludir a classe trabalhadora firmando compromisso que não poderia cumprir.
É de domínio público que a Reforma da Previdência da forma como foi aprovada, é uma “facada nas costas dos servidores” que agora permanecerão bancando a farra da quebradeira geral do IPERON, um verdadeiro deboche daqueles que se dizem representantes do povo, fato comprovado agora, são apenas na hora de pedir o voto.
Afinal de contas, até quando essa gente de qualidade duvidosa na prática de seu “mister”, vai continuar massacrando, debochando, imaginando que servidor público é mercadoria de quinta categoria?
Que razão os deputados teriam para, na velocidade da luz, enfiar goela abaixo dos servidores, a aprovação dessa PEC?
Por que se omitem em punir os verdadeiros culpados?
Uma coisa é certa, como diz o velho adágio, “A luta continua”.
Os sindicatos Unidos permanecerão de pé e em estado de alerta e seguem firme na sua caminhada em busca de reparar, ou reaver os direitos dos seus representados, agora “roubados”, dos trabalhadores públicos do Estado.
Esperem senhores parlamentares nas próximas eleições, o troco que certamente será dado pelos servidores.
Afinal de contas, senhores, não se pode vilipendiar os esforços, e a dedicação daqueles que ontem, como hoje, serão sempre o pilar de sustentação da vida do Estado.