A convite da presidente do SINJUR, Gislaine Caldeira, e sua diretoria, na manhã desta sexta-feira 03, o deputado estadual Ribamar Araújo-PL, foi recebido para um café da manhã na sede do Sindicato.
O encontro teve como objetivo dar conhecimento ao parlamentar das demandas dos trabalhadores que tramitam no Poder Legislativo estadual, bem como, subsidiá-lo com informações pormenorizadas das nuances que estranhamente cercam a Reforma da Previdência.
Ao fazer uso da palavra, a dirigente da entidade traçou um perfil do atual quadro financeiro do IPERON, do qual tem conhecimento, cujo rombo em suas contas beira a casa dos 15 bilhões, e fez ver ao deputado que os servidores não podem pagar essa conta que, sequer, sabem o nome dos diretores que contribuíram para essa má gestão.
Gislaine Caldeira disse a Ribamar Araújo, que acredita que deve haver sim uma Reforma da Previdência, mas não a “toque de caixa” como vem ocorrendo. “Defendemos uma reforma justa e honesta, com audiências públicas envolvendo as entidades sindicais e membros de Poderes, para que, em conjunto, encontrem uma solução saudável que atenda aos interesses de todos”, enfatizou.
Caldeira criticou a atitude do presidente da Assembleia, Alex Redano, que empenhou sua palavra de que criaria um grupo de trabalho composto por representantes dos servidores para debater a reforma e, também, para que seus líderes tomassem conhecimento da real situação do Instituto, mas, “depois do martelo batido”, voltou atrás, sem dar maiores explicações sobre sua decisão.
Ricardo Paraízo, diretor de patrimônio do Sindicato, mostrou ao deputado Ribamar, relatório de auditoria elaborado pelo próprio Tribunal de Contas onde cita o caso de um ex-conselheiro da Corte com valor a mais nos seus proventos sem ter contribuído com nenhum centavo para isso.
Outras situações discrepantes como as aposentadorias de policiais militares e o rombo causado pelos poderes ao Instituto, que em sua maioria descontou compulsoriamente do salário do servidor, mas não repassou a Entidade, foram também detalhadas por Paraízo.
Ricardo cientificou ao deputado que, por conta disso, a dívida dos poderes atinge 06 bilhões de reais com a previdência estadual, tudo debaixo do mais absoluto silêncio.
O diretor do Sinjur finalizou sua fala pedindo ao deputado que requisite dos poderes, um diagnóstico de como se encontram, no quesito recolhimento dos valores da previdência, perante o Instituto de Rondônia.
Aproveitou para pedir uma rigorosa apuração sobre uma aplicação financeira de valores vultosos do IPERON junto ao Banco Santos, entidade mais tarde liquidada pelo Banco Central, cujo montante aplicado até hoje ninguém sabe o que aconteceu. “Afinal de contas, quem são os responsáveis por este descalabro”, reclamou o diretor.
Rafael Ricci, diretor financeiro do Sinjur, pediu também a responsabilização dos órgãos que deram causa a quebra do Iperon e propôs soluções, como por exemplo, rever o critério das isenções de impostos, alguns na ordem de 85%, e, também, avaliar a contribuição que o agronegócio deixa ao Estado, e consequentemente ao Instituto.
Depois de ouvir atentamente os argumentos expendidos pelos diretores da entidade, e fazendo anotações, Ribamar Araújo se mostrou surpreso e sensível a toda a explanação das demandas que recebeu.
Aproveitou para se prontificar em estudar o assunto detidamente e propor debates calorosos com as classes envolvidas. “Vou analisar cada situação que recebi aqui e prometo a vocês dar meu voto com honestidade e justiça, que tem sido o norte na minha vida pública, para não prejudicar a classe trabalhadora do meu Estado que vocês tão bem representam”.
Participaram também da reunião os diretores Wberlei Melo da Silva, Orquidea Monteiro de Sousa e Jerdson Raiel Ramos.
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