“Certa vez estava um senhor em seu barquinho pescando. O primeiro peixe que pega com seu anzol é um grande tucunaré. Ele olha para o peixe, analisa bem e o devolve para o rio. Logo em seguida ele pega um grande tambaqui, com mais de dez quilos. Novamente ele olha bem para o peixe, mede o tamanho dele e o devolve para o rio. O terceiro peixe que ele captura é uma pequena tilápia. Ele olha para ela com uma cara de satisfação, analise e põe no cesto dentro do barco. E novamente volta a pescar e logo pega outro peixe grande e devolve para o rio. E mais uma vez ele pega um peixe pequeno e o coloca no cesto dentro do barco. Vendo aquilo e não entendendo nada, outro pescador se aproxima e pergunta ao senhor: ‘ô, amigo, não estou entendendo nada. Quando o colega pega um peixe grande devolve para o rio e quando pega um peixe pequeno põe no cesto para levar para casa. Não era para ser o contrário?’ ‘Sabe o que é? Lá em casa a frigideira é bem pequenininha e não cabem nela esses peixões’”.
Li essa pequena história hoje de manhã, no livro O Poder da Ação, de Paulo Vieira, e muitas coisas vieram à minha mente. Lembrei de situações que aconteceram comigo e com várias pessoas que conheço. Parece que muitos de nós jogam grandes peixes fora porque continuam usando frigideiras pequenas.
E se para algumas pessoas a parábola acima não está clara, Paulo Vieira explica:
“Pessoas com uma frigideira financeira pequena acreditam que pagar as contas, mesmo que não sobre nenhum dinheiro, já é uma grande vitória. Vitória, na verdade, é pagar as contas e ainda ter dinheiro para ajudar o próximo. Isso sim é abundância. Como é cômodo e egoísta ter dinheiro para pagar suas contas quando você poderia ajudar tantas pessoas ao seu redor.” (grifei)
Não sei você, mas fiquei incomodada com essa última frase. Às vezes a gente mora com os pais e se considera independente porque ganha um salário de estagiária e paga a mensalidade da faculdade. Outras vezes a gente acredita que, como esposa, somos independentes se pagarmos por nossas roupas e sapatos enquanto nossos esposos pagam todas as contas da casa. Ou nos consideramos muitíssimo independentes porque pagamos todas as nossas contas sozinhas.
Mas em todos os casos estamos usando frigideiras pequenas.
Estamos jogando fora os peixes grandes todas as vezes que nos recusamos a encarar um desafio maior, a aceitar um emprego com maior remuneração, e até mesmo a estudar o mundo dos investimentos para aprendermos a proteger e multiplicar o dinheiro que recebemos em troca do nosso trabalho.
Estamos usando frigideiras pequenas todas as vezes que acreditamos que é necessário escolher entre ser feliz e ter dinheiro, quando na verdade podemos ser ainda mais felizes se tivermos uma vida financeira abundante.
A maioria de nós deseja muitas coisas. Queremos casas bonitas e grandes com móveis planejados, queremos bons carros, roupas, acessórios e tratamentos estéticos. Queremos viajar, frequentar bons restaurantes, ter tudo do bom e do melhor.
Mas estamos dispostas a pagar o preço?
Estamos dispostas a comprar uma frigideira maior, abrir nossa mente, estudar, trabalhar e nos responsabilizar por nossas escolhas?
Dizem que a vida só nos dá a cruz que aguentamos carregar. Se isso é verdade, então a vida também só nos dá a riqueza que aguentamos, o peixe que cabe na nossa frigideira.
Essa é a mensagem de hoje. Se você gostou e quer saber mais, aproveita pra conhecer meu canal no youtube com várias dicas de finanças pessoais para transformar seus sonhos em realidade.
Um grande abraço e Sucesso!