O SINDICATO DOS TRABALHADORES NO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA - SINJUR, vem a público apresentar sua moção de repúdio, a propósito da fala proferida pelo Professor Doutor Rodrigo Ribeiro Bastos, durante ‘Encontro de Direito e Tecnologia’, no auditório do Centro Administrativo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na qual de forma pejorativa se refere ao trabalho dos profissionais de TI no Poder Judiciário, evidenciando o papel ‘crucial’ que esses profissionais desempenham na infraestrutura e gestão de dados judiciais.
Disse o professor: “Seremos nós, os operadores do direito, que vamos deixar a cargo dos meninos espinhentos da informática, que ficam no porão de algum lugar aí? … No Poder Judiciário, quem tem poder é o chefe da informática… Se ele apagar o banco de dados, acabou… Mas a gente vai deixar essa turma espinhenta da informática fazer esses algoritmos ou somos nós, operadores de direito que vamos tomar à frente disso?”
O SINJUR lamenta a forma grosseira, absurda e desrespeitosa como o professor se referiu a esses profissionais e entende que discursos com esse teor, jamais deveriam ter espaço garantido em um ambiente colaborativo e democrático.
Ao contrário, do que disse o professor, o SINJUR-RO reconhece como de fundamental importância o trabalho desenvolvido pelos operadores de TI frente aos desafios de tornar o judiciário cada vez mais efetivo e célere.
Urge o reconhecimento desses profissionais com o desenvolvimento de carreiras dentro da área. Inimaginável no momento vivido de transformações, onde a TI tem papel principal na atuação do cenário mundial, serem tratados a margem dos eventos e criminalizados.
Reforça o SINJUR-RO, que a TI é uma parceira estratégica nos procedimentos técnicos, na observância das boas práticas internacionais e nos aspectos de gestão estratégicos, táticos e operacionais indicados pelo TCU e CNJ, que garantem, enfim, a segurança, a disponibilidade e a eficiência do sistema jurisdicional brasileiro.
Aplaude a independência de sua área de atuação, e defende que trabalhem juntos para aproveitar ao máximo as oportunidades que a revolução digital e a Inteligência Artificial oferecem aos Tribunais brasileiros, liderando a transformação do mundo.
Entende que medidas como gratificações, pagamento de horas extras, regimes de sobreaviso, treinamentos específicos continuados, ferramentas e pessoal para contenção de ataques cibernéticos são essenciais. E estas ações não apenas reconhecem o trabalho árduo e a dedicação desses profissionais, mas também incentivam a excelência e a inovação contínuas do Poder Judiciário Brasileiro.
O SINJUR se insere no abraço da ideia daqueles que valorizaram a colaboração e a expertise de cada profissional dessa área, reconhecendo sua colaboração na construção de um judiciário moderno, justo e ao alcance de todos.
GISLAINE CALDEIRA Presidente